Dependencia quimica
Fio escolhida a técnica de grupos focais como metodologia de pesquisa a fim de gerar uma gama de respostas e formular hipóteses, não necessariamente chegando a um discurso conclusivo sobre as questões pesquisadas.
O Grupo Focal em seu caráter subjetivo de investigação é utilizado como Estratégia
Metodológica Qualitativa, consoante nos informa Debus (1997), já que a Pesquisa Qualitativa caracteriza-se por buscar respostas acerca do que as pessoas pensam e quais são seus sentimentos. A utilização do Grupo Focal na área da saúde é recente. Aparecem publicações a partir da década de 80 como técnica de Pesquisa Qualitativa. Desde 1990, no entanto, vem aumentando gradativamente o seu uso entre os pesquisadores universitários. Para Iervolino e
Pelicione (2001), o principal objeto do Grupo Focal consiste na interação entre os participantes e o pesquisador e a coleta de dados, a partir da discussão com foco, em tópicos específicos e diretivos.
A partir de experiências e reflexões de Pichon-Rivière, este definiu grupo como o
“conjunto restrito de pessoas, ligadas entre si por constantes de tempo e espaço, e articulados por sua mútua representação interna, que se propõe de forma explícita ou implícita, uma tarefa que constitui sua finalidade” (PICHON-RIVIÈRE, 1998, p. 234).
Segundo Bleger (1998), seu contemporâneo, os integrantes de um “grupo operativo” não só aprendem a pensar, como também a observar e escutar, a relacionar suas opiniões com as alheias, a aceitar pensamentos e ideologias diferentes das suas, integrando-se no trabalho em equipe.
O grupo focal, metodologia de pesquisa do presente estudo, se assemelha ao “grupo operativo” de Pichon- Rivière (1998) e Bleger (1998) tanto na sua estrutura quanto na sua operacionalização. Ele tem indicações terapêuticas, educativas e para pesquisa. É recomendado para pesquisa de campo, já que, em pouco tempo e baixo custo permite diversificação e aprofundamento dos conteúdos relacionados