Denis Warren Modos Gregos Parte 1
Introdução: Esse deve ser, definitivamente, um dos assuntos mais requisitados pelos músicos contemporâneos independente do estilo em que atuam, mas um dos que gera mais confusão acarretando em erros de aplicação. O entendimento do uso modal vai além do domínio teórico, trabalha com o subjetivismo da sensação musical e transcrever isso em palavras é árduo e em parte impossível.
Nessa aula vamos destrinchar os modos gregos da origem a aplicação, dos desenhos ao fraseado e acima de tudo ganhar independência para poder pensar de forma modal.
Origem: O conceito modal nasceu na Grécia Antiga onde a música, dentre todas as manifestações artísticas, era considerada a mais relevante. A Doutrina do Ethos (afetos) dizia que a música tinha a capacidade de influenciar e modificar a natureza moral do homem e do estado e por essa razão era controlada pelo poder grego. Acreditava-se que ela tinha relação direta com a alma do homem, que manipulava a sua conduta moral, social e política e por isso fazia parte da educação e formação do cidadão livre esculpindo seu papel perante o estado.
Os gregos usavam um sistema chamado Tétracorde que era uma sequência de 4 notas compreendidas dentro de um intervalo de quarta justa onde as distâncias entre as notas podiam variar de ¼ de tom até
2 tons. Eram classificados em 3 gêneros:
Enarmônico: 2 intervalos de ¼ de tom mais um intervalo de terça maior.
Cromático: 2 intervalos de ½ tom mais um intervalo de terça menor.
Diatônico: 1 intervalo de ½ tom mais 2 intervalos de 1 tom.
A escala grega era a soma de 2 desses tétracordes, observe abaixo o desenho com o gênero diatônico:
A escala diatônica: é a base que usamos na música atual para a execução das sensações modais. Indícios apontam a existência da escala a mais de 45.000 anos mas foram os gregos antigos que a estudaram e lhe atribuiram as várias aplicações. Sem dúvida foi o gênero de escala que se popularizou e que construiu toda a base da música moderna ocidental.
A sua