Denis diderot
Encarregado pelo livreiro Lebreton de traduzir para o francês a enciclopédia inglesa "Cyclopaedia", de Ephraim Chambers, Diderot transforma o projeto em obra autônoma, suma das tendências científicas, sociais, econômicas e políticas do Século das Luzes. Em 1750 surge o "Prospecto" da "Enciclopédia", de autoria de Diderot, para incentivar a subscrição popular da obra: mais um manifesto do que um programa editorial.
Compartilhando a direção da "Enciclopédia" com d'Alembert, cujo "Discurso preliminar", no início do primeiro volume, é uma exposição de princípios filosóficos, Diderot vai entregar-se a uma tarefa que o absorverá durante 16 anos.
Diderot tem fé no progresso contínuo, tem a certeza de que a ciência fornece a chave dos enigmas do mundo, de que a religião deve se circunscrever a uma modesta tarefa de regrar o comportamento prático do homem, de que a tecnologia irá construir o futuro econômico das sociedades e de que a política é a arte de eliminar as desigualdades sociais. Ensaios, ficção, crítica e cartas
Fora da "Enciclopédia", Diderot escreve um volume de reflexões filosóficas ("Pensamentos filosóficos"), em que formula objeções racionalistas contra a revelação sobrenatural. Em 1748 aparece seu livro de contos licenciosos: "As jóias indiscretas".
Imediatamente antes da "Enciclopédia", em 1749, Diderot publica o ensaio "Carta sobre os cegos para uso dos que enxergam", tratando sobre a sujeição do homem aos seus cinco sentidos, o relativismo do conhecimento humano e a negação de qualquer fé transcendental. A esse ensaio segue-se