Dengue
A dengue é hoje objeto da maior campanha de saúde pública do Brasil, que se concentra no controle do Aedes Aegypti, o mosquito transmissor do vírus da dengue. A doença, que segundo o Ministério da Saúde afeta mais de 100 milhões de pessoas por ano no mundo, é uma das que causam maior impacto na saúde pública do nosso país.
Quando transmitido, o vírus da dengue, que possui quatro sorotipos - DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 - provoca sintomas comuns a outras doenças, o que pode gerar dificuldades no diagnóstico clínico. Torna-se, então, de fundamental importância a realização de exames laboratoriais para confirmação da dengue.
Além de evitar as mortes, o diagnóstico precoce da dengue é fundamental para determinar os cuidados clínicos com o paciente e contribui para a vigilância epidemiológica, para a pesquisa de formulação de vacina e também para a detecção precoce de uma possível epidemia. Os diagnósticos laboratoriais são importantes para determinar o número de casos fatais da doença, o sorotipo viral em evidência e as estimativas da incidência de casos durante uma epidemia.
Basicamente, o diagnóstico da dengue pode ser feito pelo isolamento do vírus, pela detecção do genoma viral, pela detecção de antígenos virais e sorologia (IgG e IgM). No entanto, os anticorpos IgM e IgG somente resultarão positivo após vários dias. Em muitos casos não é possível aguardar esses dias para que um diagnóstico seja definido. Por isso que exames complementares como o hemograma, a contagem de plaquetas, a prova do laço e as transaminases são realizados para auxiliar no diagnóstico.
Mas há três anos, o Brasil dispõe de um exame que tem sido utilizado para o diagnóstico logo nos primeiros dias, após a percepção dos sintomas, antes mesmo do aparecimento dos anticorpos, o Antígeno NS1. Esse teste é detectável até o sétimo dia após o aparecimento dos sintomas da doença permitindo o diagnóstico rápido e a