Dendometria
Flávio Pompei Engº Agrº Especialista na nutrição de plantas Como todas as plantas o Eucalipto também é uma indústria de transformação. Numa ponta entram os nutrientes, ar, água e energia luminosa e, na outra, saem fibras de celulose, lignina e demais componentes da planta. Portanto, para aumentarmos a produtividade dessa indústria é necessário melhorar a administração dos insumos (nutrientes) e assegurar bom desempenho dos intermediadores em todas as fases dessa “indústria vegetal”. Exemplos que ilustram essa melhoria na gestão das “indústrias naturais” aconteceram na avicultura e suinocultura. O frango e suíno caipiras, de 50 anos atrás, levavam uma eternidade para atingir o perfil de “prontos ao mercado”. Depois de melhorar a genética, instalações, rações e manejo nessa “cadeia de produção”, o resultado foi o Brasil passar de produtor incipiente no mercado internacional ao de maior exportador de carne de frango, caminhando para a liderança na da carne de suínos. O homo sapiens urbanus (pessoal das cidades) nem imagina que em menos de 45 dias seu “franguinho de cada dia” fica pronto para o abate lá nas granjas do homo sapiens ruralis. Mas e o Eucalipto? Como melhorar sua produtividade? O que fazer? Fundamentado nos dados de E. Epstein, 1965, em “Mineral Metabolism” e acrescentando informes mais recentes chegamos à composição média das plantas (Qd 1).
Pelos dados compreende-se que a gestão da nutrição de plantas, inclusive do eucalipto, lida com apenas oito milésimos da matéria fresca, ou 4% da matéria seca. Agora, i ndividualizando os elementos químicos, constata-se que os estruturais (COH) correspondem a 19,2% da matéria fresca (MF) ou 96% da matéria seca (MS). Portanto, se somarmos à MF os 80% da água de hidratação, ficará constatado que 99,2% do peso vivo das plantas