Demônios Onipresentes
“TENTAÇÃO DE SANTO ANTÃO”
Cavalos de Abdera (Lugones)
Obs: William Burrows: ficção baseada na mitologia azteca. Sousândrade – poema épico.
Dunsany: The Beggars
- o mito: os mendigos são uma espécie de termo corrente: não é ser fantástico, nem monstruoso, do ponto de vista racional, diferentemente de “quimera”, que traz uma série de significados agregados. Dunsany parte desse termo e transforma esse ser, num processo que é similar ao que Lugones faz (transformação dos cavalos em homens – antropomorfização -, em massas, em um processo cumulativo e gradativo, o qual coincide com o clímax do conto, antes da descoberta do Deus Hércules. Narrador: papel distante, do cronista).
Os mendigos são um coletivo, que se transfiguram em uma espécie de divindade. A realidade escrita obedece a um processo de tensão entre percepção usual e transfigurada. Quando há a transfiguração em divindade, chegamos ao monstro mítico.
Diabo
Nosso monstro, em termo corrente, é o Diabo, o qual é apenas temido, não adorado, diferentemente das divindades aztecas.
Moloch no cinema
- “Cabiria” (1914), Giovanni Pastrone.
- Moloch transformou-se em uma espécie de conceito. (Ex: Leviatã = Estado). Divindade concorrente com Iavé, ganha uma nova identidade: divindade devoradora. Sacrifícios feitos em piras, onde se jogavam os recém-nascidos. Representações: fogo, pira, ficaria no estômago. Sacrifício é um processo devorador. Idade média: diabo devorador de almas.
- quando o cinema retoma o mito, faz isso por meio da hipérbole: Moloch desconfigurado da imagem original, com uma pequena escada que leva à boca.
- “Metropolis” (1927), Fritz Lang
Mescla entre percepção tecnológica e mítica.
Realidade corrente x realidade mítica.
Trama cheia de furos (hehehe!!): ricos (superfície) x pobres (subterrâneos). Filho rico troca de lugar com um operário: trabalhar na Máquina M (boca com engrenagem, cujo interior é feito de fogo) – apelo ao Fantástico. A escada, aqui, é