Demolição da aldeia maracanã
O primeiro passo para entender a questão da Aldeia Maracanã é pensar que ela é mais que um simples prédio ocupado. São diversas etnias indígenas que convivem naquele ambiente, mantêm e propagam a cultura de um povo que sofre há 513 anos nessa mesma terra descoberta pelo homem branco.
Que a demolição desse patrimônio contraria vários pareceres jurídicos de órgãos competentes no assunto e que a FIFA nunca mencionou ser necessário construir um estacionamento no local, está claro. É preciso observar que por trás dessa ação do Governo do Estado do Rio de Janeiro juntamente com a Prefeitura, existe um interesse econômico e, além disso, um não reconhecimento da importância de manter viva a cultura indígena caracterizando um claro exemplo de intolerância e fricção interétnica.
As condições do local não são boas. O imóvel foi abandonado pelo governo do estado, órgão responsável pela preservação do patrimônio histórico. Aqueles que lá habitam têm no comércio de artesanato sua principal fonte de renda, visam à convivência harmoniosa entres as etnias que residem lá, mas também com o resto dos habitantes e turistas do Rio de janeiro. O índio não pode ser marginalizado nem excluído. Eles possuem o Direito de fazer parte da sociedade e ao mesmo tempo conservar suas origens e passá-las aos seus descendentes. Um dos meios para chegarem à universidade são as ações afirmativas, já garantidas na lei. O que resta é garantir que serão postas em prática pelo Governo Federal e Estadual.
Portanto, a preservação do local como patrimônio histórico, arquitetônico e cultural da cidade é imprescindível. Vários setores da sociedade se mobilizaram a favor dessa causa mais que nobre, pois o respeito à cultura, a tolerância e o reconhecimento dessa minoria é de extrema urgência e