Democracia

Democracia

A origem do termo “democracia” origina-se na Grécia Antiga, opondo-se justamente ao regime aristocrático, no entanto, como vimos na cidade-Estado grega, Atenas, o regime democrático perdeu sua essência, a qual condiz com uma forma de governo em que todos os cidadãos participem, o qual todos podem ser cidadãos. Em Atenas Clássica, apenas uma parcela da população poderia ser considerada cidadã (homens, filhos de pais e mães atenienses, livres e maiores de vinte e um anos). Ou seja, a democracia desde seu princípio levantava suas dúvidas quanto a sua eficiência e justiça, seria um governo visando a participação popular ou um método para seleção das elites? A partir da questão levantada, passamos a tratar de um tema importante que envolve o estudo da democracia, sua crise. Como trabalhado no texto de Nadia Urbinatti, “Crise e metamorfoses da democracia”, tal crise é relatada a partir dos riscos que se correm no sistema democrático, como suas crises, explicadas pela privatização e concentração do poder na esfera da formação da opinião pública (mídia); a polarização e as formas demagógicas de consenso que crescem e dividem a política em disputas entre grupos inimigos; o mito epistêmico (o qual consiste em decisões, tomadas pela democracia, rápidas/eficientes/racionais visando um bom resultado); o mito populista (o qual consiste em uma unificação do povo em torno de um líder, cujos ideias são dificilmente contestados, há certa omissão de opiniões divergentes a do líder escolhido pela maioria) e o mito plebiscitário (que é responsável por criar certa maquiagem da real participação política, uma falsa participação política por meio do voto e da construção de uma consciência política pautada por ideais pré-estabelecidos/estabelecidos pela mídia). Tais riscos citados podem ser considerados os agentes da desconfiguração da democracia. Ainda no texto de Nadia Urbinatti, a autora trata a democracia como um governo por meio da opinião e a democracia