DEMOCRACIA
Alex Sandro C. Sant’ana e Hiran Pinel
(...) eu sei que o mundo é um fluxo sem leito e é só no oco do seu peito que corre um rio...
RESUMO
“O que é ‘inclusão?” Essa nada mais é do que interrogação, pois não suscita, na dimensão “deleuziana”, problematizações. Pensamos que uma questão que talvez ajude a pensar a prática da inclusão escolar ou não-escolar seja “como promover práticas psicopedagógicas inclusivas que suscitem desejos no outro e outra e que, por sua vez, desvelem o prazer de aprender no ambiente escolar ou não-escolar?”
Trata-se de uma investigação bibliográfica fenomenológico-existencial onde se procurou, pelo envolvimento existencial e distanciamento refletivo, forjar um conceito deleuziano de “inclusão”.
Nosso desejo é o de (pró)curar, de modo intencional, na produção científica de Deleuze e Guattari, subsídios para forjar um conceito “inclusão”, concebendo-o como um dispositivo de problematização das práticas instituintes ou institucionalizadas de inclusão.
Inferiu-se que os episódios vividos em sala de aula, no caso da educação escolar, ou os cotidianos informais de rua, no caso da educação não-escolar, forjam novas possibilidades de focalizar as questões suscitadas: assim os profissionais da educação poderiam (in) tentar sentir e viver com os “indícios” que emergem nesse cotidiano inventivo e a partir de práticas pedagógicas em circulação (“instituída”) ou das que eles forjam (“instituintes”), podem ser potencializadores de atividade educativas inclusivas que permitam aos alunos e alunas emitirem discursos de poder participativos e colaborativos.
PALAVRAS-CHAVES: Educação Inclusiva; Deleuze e Guattari; Inclusão Escolar e Não-Escolar, Psicopedagogia.
INTRODUÇÃO
A pergunta “O que é ‘inclusão’?“, nada mais é do que uma interrogação, pois não suscita na dimensão deleuziana a que estamos a descrever, problematizações.