Democracia Racial
O discurso tem sido muito bonito nesses últimos tempos a fim de incluir cada vez mais as raças menos privilegiadas em nossa sociedade, o problema é exatamente essa necessidade de realizar ações diferenciadas para estas pessoas. Isso nos mostra que a platônica ideia da democracia racial no Brasil continua sendo um mito, portanto, podemos dizer que o Brasil ainda é um país preconceituoso, mas expões tal sentimento de forma velada. As diferenças raciais no Brasil também se traduzem na forma de diferenças socioeconômicas, o que afeta diretamente a economia brasileira.
O mito da democracia racial é nossa verdadeira realidade, pois, o Brasil ainda no século XXI é um país exclusivo, um país de poucos, onde os salários de pessoas de raças distintas nunca se equiparam, e até o acesso a educação depende de cotas do governo para pessoas com origem indígena e afrodescendente terem o direito de disputar vagas de igual para igual com a parte branca da população.
Atualmente, o governo federal propôs um sistema misto de cotas, que mistura critérios sociais e raciais para o ingresso nas universidades federais de todo país. A lei propõe uma implantação gradativa dessa política até que 50% das vagas sejam destinadas a alunos provenientes de escolas públicas. Dentro destes 50%, uma parcela será destinada aos de menor renda e outra porcentagem direcionada a pretos, pardos e indígenas. Com isso outra polêmica surgiu... Como delegar a cada indivíduo sua raça, quem exatamente pode ser considerado branco, preto, pardo ou indígena?