democracia deliberativa
A comunicação contemporânea atua com verdadeira aliada na busca pela democracia, cidadania e justiça, uma vez que proporciona combater o esquecimento social, fortalecendo a participação popular como forma de garantias de direitos, fazendo com que deixe de a democracia meramente representativa e se adote um modelo que da prevalência a aproximação do cidadão à realidade governamental.
A mídia, nesse sentido, tem sido utilizada como uma via alternativa, ou seja, como uma verdadeira ferramenta que tem por finalidade amparar as pretensões populares, minimizando o antigo abismo que separa o votante do votado, promovendo uma inserção social e combatendo as desigualdades reveladas pela globalização, pois a mídia é o espelho que reflete o real, o imaginário e o simbólico social, estes padrões de comportamento logo passão a ser considerados pela massa como uma via alternativa para a conquista de voz e vez no discurso social (Ataíde, 2000, p. 12).
Essa participação, consequentemente, refere-se a uma espécie de democracia participativa, servindo de substrato à democracia representativa. Sinônimo disso, a expressão participação popular pressupõem o exercício direto do poder pelo povo, de forma individual ou coletiva. É “o povo assumindo-se enquanto instância deliberativa” (Britto, 1992, p.114).
A mídia é formadora de opinião. Em função disso, em vários momentos históricos e em distintos espaços geográficos, ao longo do tortuoso caminho percorrido até o momento atual, no Brasil especificamente durante a ditadura, a censura teve por bem frear os impactos da mídia que, muitas vezes, derrubava governos e impérios inteiros.
Exemplos não faltam, vez que na própria América Latina, especificamente na Venezuela, comandada por Hugo Chávez o cancelamento da RCTV (Rádio Caracas Televisión) tem reacendido o debate sobre a influência e censura da mídia. A RCTV foi à primeira emissora