Dematamento
A concentração de Gases de Efeito Estufa (GEE) na atmosfera da Terra, em conseqüência das atividades econômicas, vem aumentando significativamente desde a revolução industrial. O gás carbônico (CO2 ) é um dos mais importantes GEE. As emissões de gás carbônico no mundo nas últimas décadas vêm crescendo acentuadamente de uma forma alarmante. De acordo com o Inventário Brasileiro sobre GEE, no Brasil as queimadas e desmatamentos respondem por 75% das emissões de CO2 , enquanto a utilização de combustíveis pela indústria e transporte responde por 25% (Marcovitch, 2006).
As previsões do IPCC (Intergovernanmental Panel on Climate Change), de acordo com o seu terceiro relatório (2001), são de que o aumento da concentração dos GEE na atmosfera pode elevar a temperatura média no planeta Terra entre 1,4% e 5,8% nos próximos 100 anos. A previsão de impactos econômicos e socioambientais decorrentes do aquecimento global indicam que todas as regiões e os países do mundo serão afetados (Rocha, 2003).
Caso não sejam tomadas medidas necessárias para reverter o processo atualmente em curso, o futuro do planeta, em geral, e da floresta amazônica, em particular, pode estar ameaçado pelos impactos do aquecimento global. Previsões recentes, utilizando modelos climáticos computacionais, apontam para um possível cenário de savanização da parte sudeste da Amazônia, ocasionada pelo aumento das temperaturas na Terra (Marques, 2007).
A Amazônia, portanto, está relacionada ao aquecimento global em um processo de via dupla: o desflorestamento contribui para o aquecimento global que, por sua vez, transformará parte da floresta em savana (Júnior & Silva, 2008).
O INÍCIO DA EXPLORAÇÃO
A partir dos governos militares em 1964 inicia-se a nova inserção do Brasil no sistema capitalista mundial através de um projeto de modernização nacional. Nesse contexto a Amazônia foi alvo de uma série de ações destinadas à sua incorporação ao sistema socioeconômico nacional como a