Dem Crito
Demócrito viveu entre os anos de 460 a 371 a.C. São conhecidos apenas cerca de 200 escritos do filósofo. Suas obras demonstram interesse em história, lingüística meteorologia, astronomia, entre outros assuntos. Os únicos temas aos quais se absteve foram: política e religião. Para conseguir dar a devida profundidade ao que estudava, esteve diversas vezes no Egito, na Pérsia, na Etiópia e na Índia. Quando em Atenas, não foi notado, porém sua obra foi citada por filósofos da alcunha de Aristóteles.
Uma das questões levantadas por Demócrito era se a alma seria também feita de átomos. A resposta que obteve foi que “princípios de todas as coisas são os átomos e o vazio”. Ele acredita que o átomo é o elemento que dá base a uma infinidade de especulações complexas, sendo que sua existência pressupõe a manifestação do vazio, onde os átomos se movimentam.
De acordo com Demócrito, “os homens acreditam que o branco e o preto, o doce e o amargo, e todas as outras qualidades do gênero, são algo de real, quando na verdade só o que existe é o ente e o nada”. Assim, explica a relação entre os átomos e o vazio. Sua teoria implica que existem diferenças de quantidade entre os átomos e as diversas combinações entre eles são as respostas para a qualidade das coisas.
O filósofo ainda fala sobre a linguagem e sua criação pelos homens. É pioneiro a falar sobre convencionalismo lingüístico. Segundo ele, os homens da geração primitiva “pronunciavam palavras desarticuladas e desprovidas de significado, aos poucos passaram a articular as palavras, estabelecendo entre si expressões convencionais para designar cada objeto”.
A questão fundamental também é citada. A vida teria surgido do vórtice atômico, ou seja, os átomos se concentram em corpos sólidos e se compactam. Este fenômeno é mecânico e refere-se a força centrípeta desenvolvida pelo movimento de um grande vórtice que gera o nascimento da vida.
Em suas palavras: “Por essa razão, o Sol e a multidão de astros