Delphi
Cada vez mais nos deparamos com pessoas que apresentam deficiência física, especificamente, vítimas de trauma raquimedular com lesão neurológica. É de nosso conhecimento, que o enfermeiro no Brasil vem assistindo a estes pacientes, internados em hospitais gerais predominantemente e, apenas alguns poucos em centros especializadas.
Expressamos a nossa preocupação com o fato de como é desenvolvido e aplicado o "saber cuidar" do enfermeiro que vem assistindo a esta clientela, quais ações ele propõe diante de certas situações.
Diante dos questionamentos de gestores/Lideres, delineando situações conflitantes propusemo-nos a estudar as intervenções de enfermagem preconizadas aos lesados medulares.
BULECHECK (1985), considera intervenções de enfermagem a ação autônoma da enfermeira, baseada em regras científicas que são executadas para beneficiar o cliente, seguindo o caminho preconizado pelo diagnóstico de enfermagem com o estabelecimento de metas a serem alcançadas.
GUTIERREZ (1989), afirma que os questionamentos em relação às ações de enfermagem têm se tornado mais complexos por não se limitar apenas aos aspectos operacionais do processo, mas sim às ações concretas adotadas pelo enfermeiro na solução de um problema do paciente.
Assim, diante da problemática expressa por meio de dúvidas dos enfermeiros optamos pela Técnica Delphi para a validação das intervenções de enfermagem.
É oportuno esclarecer que este trabalho é parte de uma pesquisa mais abrangente que tratou da identificação de diagnósticos de enfermagem e da validação das intervenções de enfermagem aos lesados medulares em reabilitação (FARO, 1995). FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE A TÉCNICA DELPHI
Esta técnica permite obter consenso de grupo a respeito de um determinado fenômeno. O grupo é composto por juízes, ou seja, profissionais efetivamente engajados na área onde está se desenvolvendo o estudo.
Segundo SPÍNOLA (1984) Delfos tem sua denominação oriunda na mitologia grega relacionando-se com o