dejetos suinos
COMO FERTILIZANTE
Eloi Erhard Scherer
Eng. Agr. PhD.
Pesquisador do Centro de Pesquisa para Agricultura Familiar
Cepaf/Epagri-Chapecó.
Cx.Postal 791, 89.801-970 Chapecó-SC.
Os dejetos de suínos em função de suas características químicas, tem um alto potencial fertilizante, podendo substituir em parte ou totalmente a adubação química e contribuir significativamente para o aumento da produtividade das culturas e a redução dos custos de produção.
Para a definição dos sistemas de manejo, armazenamento e reciclagem dos dejetos suínos na própria unidade produtora, é fundamental conhecer-se a constituição química e biológica do material e as transformações que ocorrem na esterqueira e no solo. Normalmente, os dejetos líquidos apresentam um alto teor de água, oriunda de perdas nos bebedouros e entrada de água da chuva. Para obter um esterco de melhor qualidade é necessário que o produtor procure reduzir ao máximo o desperdício de água nos seus sistemas de produção e evite a entrada da água da chuva nos sistemas de coleta e armazenamento dos dejetos.
Dependendo do sistema de criação adotado, o esterco de suínos pode ser armazenado na forma líquida ou sólida. A decomposição dos compostos orgânicos no depósito de armazenamento nesse caso ocorre na presença de oxigênio (tratamento aeróbio) ou na sua ausência (tratamento anaeróbio). Normalmente, o processo aeróbio é fundamental para a estabilização de estercos sólidos, enquanto que o processo anaeróbio presta-se mais para estercos líquidos.
Em função dos atuais sistemas de produção de suínos utilizados o armazenamento dos dejetos é feito na forma líquida e, por isso, o processo mais importante para estabilização do liquame, é a fermentação anaeróbia. Para armazenamento e estabilização do material, são normalmente usadas esterqueiras convencionais, “bioesterqueiras” de dupla câmara, com alimentação e descarga contínua, e lagoas de estabilização.
Outro sistema