Definições de justiça no livro "A República", de Platão
2007
Estrutura do Texto
A edição de “A República” usada neste trabalho é a da Fundação Colouste Gulbenkian, sexta edição, tradução de Maria Helena da Rocha Pereira, encontrada na biblioteca da FFLCH. (SBD-FFLCH-USP 137712)
O objeto do livro I da obra “A República” de Platão é a definição de justiça. O objetivo que o autor quer chegar é provar que a justiça é mais vantajosa que a injustiça.
A Estrutura do texto o divide em três partes:
1. Uma parte introdutória que conta o encontro de Sócrates e Gláucon com Adimanto e Polemarco, a ida dos quatro para a casa deste e a conversa de Sócrates com Céfalo acerca da velhice e da riqueza. (Essa parte vai da pág. 1 a pág. 9 desta edição).
2. Uma segunda parte na qual ocorrem as definições de justiça. Ela começa quando Céfalo faz a sua definição, passa pela definição de Polemarco citando Simônides e pela de Trasímaco, o sofista. (Da pág. 9 a pág. 33)
3. A parte final do texto se inicia quando Trasímaco define claramente que a injustiça é mais poderosa e vantajosa que a justiça. A isso se segue uma longa discussão em que Sócrates provará o contrário. (Da pág. 33 a pág. 52)
Definições de justiça
As definições de justiça presentes no texto são quatro: a de Céfalo, a de Polemarco citando Simônides, a de Trasímaco e a de Sócrates que pode ser inferida quando ele refuta as outras três definições.
Definição de Céfalo
Céfalo afirma que os homens serão castigados após a morte pelas injustiças cometidas em vida. E os homens que foram justos chegarão a velhice esperançosos, o que demonstra que há uma recompensa após morte para os justos.
Dessa forma, ele demonstra uma noção de justiça como uma norma de conduta definida e fiscalizada pelo sobrenatural (os deuses pode-se supor). Portanto é uma definição de justiça absoluta e valida para todos os homens.
A justiça, para ele, consiste em dizer