Defesa dos exploradoes de caverna

A tese de defesa é baseada em três fatores:

Fator A - A falta de materialidade do crime.
Sabe-se que Whetmore morreu, e que consequentemente seu corpo contribuiu para a nutrição dos outros membros, porém não se sabe como nem de que forma Roger Whetmore fora morto. Não há provas de que sua morte não fora simplesmente natural, ou suicida. Nada prova que os outros membros tenham cometido o ato.
Por falta de materialidade, um indivíduo não pode ser condenado. Deve se adotar, como nesse caso, o conceito jurídico ´´ in dubio pro reo``, que expressa o princípio da presunção de inocência, caracterizada pela dúvida, pela falta de provas.

Fator B – Estado de Necessidade. Se caso fosse provado que a morte de Whetmore fora causada pelos outros membros, não caberia punição para com os autores, pois todos se encontravam em um estado de necessidade e não tinham a intenção de matar, porém, precisavam de alimento e mais oxigenação. Contudo, no julgamento da ação, deve-se lembrar que a sugestão do sacrifício humano, dado pela sorte, fora ideia de Whetmore, que buscava a sobrevivência da maioria. Sendo assim, ele era consciente de que isso poderia acontecer com ele. De uma forma ou de outra, a sugestão que ele levantou teria base contratual, assinada oralmente por todos.

Fator C – Equivalente às Sociedades Tribais.
Seguindo a mesma fundamentação que o ´´Fator B`` (a morte cometida pelos membros).
Os exploradores estavam isolados fisicamente de toda e qualquer sociedade. Tal estado gera uma independência que resulta em uma equidade com as sociedades tribais, que seguem o conceito de que as regras feitas naquele espaço, deve ser regida naquele espaço, independentemente de sua territorialidade, somente se importando com os contratos estabelecidos dentro de sua sociedade (como no caso dos índios, e etc.).
Ora, os atos de uma sociedade tribal não são julgados da mesma forma que são para uma sociedade civilizada. Para tal julgamento, são