Defesa- Caso dos exploradores de cavernas
Cumprimento o excelentíssimo senhor juiz presidente deste tribunal; ; cumprimento a todos os presentes, empenhados em realizar um dia de justiça; cumprimento o corpo de jurados, pessoas pinçadas do seio da nossa sociedade, que se privaram por algum tempo de suas famílias com um único objetivo: fazer valer a justiça e julgar os réus, ou melhor as vítimas.
O objetivo não é dizer que matar é a melhor solução, mas sim justificar essa atitude.
Antes de apresentar aos senhores os motivos de dizerem NÃO a qualquer tipo de penalidade àquelas 4 vitimas, SIM, 4 vitimas que equivocadamente ocupam o banco dos réus, tenho o direito, mas principalmente o dever de alerta-los às armadilhas, ao ardil utilizado pela acusação, numa atitude desesperada de ver pessoas inocentes serem executadas. Causa-me espécie que o douto representante do MP possa ter tão deturpada visão da realidade. Pra dizer o mínimo do que eu penso de sua fala .
Confio sim, na inteligência e no senso de justiça que nortearão vossas decisões não se deixando levar por acusações tão levianas.
Estamos lidando com vidas. Uma já se perdeu, e que esta perda não tenha sido em vão. Não resta margem para interpretações nos autos. Roger morreu para salvar seus amigos. Era a sua vontade vê-los vivos.
A decisão agora está nas mãos dos senhores. Roger morreu em vão? Não terá sua última vontade respeitada? Vamos aos fatos.
Conforme consta dos autos, o desabamento ocorreu quando estavam “já bem distantes da entrada da caverna” . Pesados blocos de pedra foram projetados bloqueando a única abertura.
Vejam senhores, os 5 exploradores estavam, abre aspas novamente” bem distantes da entrada da caverna” no momento do desmoronamento. Não tinham como precisar a dimensão do evento, mas não seria exagero nenhum que acreditassem estarem todos condenados à morte, naquele túmulo. Era só questão de tempo. Como espeleólogos, conhecedores de cavernas, todos sabiam que não havia, senão as deles, outro tipo de vida naquele