Declaração de 1879
Passo 1- Evolução histórica do trabalho
O trabalho visto sob a ótica da atividade, pode ser considerado um legítimo fio condutor ao longo da história para explicar a controvertida e fascinante saga do homem na busca de si mesmo. Esta busca de si mesmo e a satisfação de suas necessidades, exigiram do homem uma sucessão de fases e revoluções que lhe permitem hoje conhecer a sua história e o seu presente.
Ao longo de sua história, o homem tem travado uma constante luta para conquistar sua sobrevivência, entender e dominar seu ambiente, e superar aquele que seja talvez de todos o seu maior desafio: conhecer suas capacidades para poder realizar-se enquanto ser. Diversas ciências e escolas de pensamento deram suas contribuições para vencer este desafio. A Ciência Econômica pelo viés da escassez e racional utilização de recursos tem um bom posicionamento para esta luta. Para Chacon e Franco Júnior (1989, p. 21), “Em certo sentido, a História Econômica é a história do domínio do homem sobre a natureza e de sua capacidade de utiliza-la em proveito próprio.” É um conceito que deixa claro que a verdadeira luta do homem sobre a terra não é contra a natureza, mas contra sua ignorância em não tirar o melhor proveito dos recursos disponíveis. É uma luta que tanto o fará mirar as estrelas na esperança de entender o universo, como o remeterá ao seu interior na esperança de sondar ali o sentido de sua vida.
O domínio do homem sobre a natureza e o conhecimento de si mesmo são temas conexos que têm no trabalho a atividade que melhor os integra. É uma atividade tipicamente humana, já que nenhum outro ser é capaz de trabalho no sentido de criar, prover, e relacionar-se em sociedade. Com o domínio do fogo, de algumas técnicas agrícolas, de alguns instrumentos de trabalho, e da domesticação de alguns animais, o homem tem a possibilidade de fixar-se num território para produzir seu próprio alimento libertando-se da necessidade de viver em constante movimento. De nômade passa a