DECISÕES DE FINANCIAMENTO EM PEQUENAS EMPRESAS
O presente artigo Decisões de Financiamento em Pequenas Empresas teve como objetivo analisar e identificar a estrutura de capital das pequenas e médias empresas de duas cidades da Zona da Mata do Estado de Minas Gerais e apontar relações entre as principais fontes de financiamento utilizadas pelas mesmas e atributos que tracem seus perfis no mercado.
O presente artigo é motivado pelo interesse em se investigar a estrutura de capital de micro, pequenas e médias empresas, buscando evidenciar as principais linhas de financiamento adotadas por tais organizações, sejam elas de curto ou longo prazo.
Para a realização dos objetivos acima, realizou-se uma pesquisa de campo nas cidades de Juiz de Fora (MG) e Viçosa (MG), onde se aplicou um total de 296 questionários em empresas de capital fechado. A técnica estatística de Análise de Correspondência auxiliou na elaboração de mapas percentuais, capazes de evidenciar relações entre as fontes de financiamento de curto e longo prazo com as características das organizações e/ou gestores.
O procedimento consiste em analisar a freqüência esperada e observada entre o cruzamento de linhas e colunas, ou seja, a partir de uma matriz de dados. A escolha dessa ferramenta perpassa pelo seu rigor estatístico e flexibilidade de utilização, podendo ser aplicada inclusive em variáveis não numéricas e em pequenas amostras.
Como base teórica da pesquisa utilizou-se os estudos desenvolvidos a partir do legado de Modigliani e Miller (1958,1963). Os resultados obtidos corroboram a teoria da inércia gerencial de Welch (2004), mostrando que as pequenas e médias empresas tendem a não modificar sua decisão de financiamento ao longo do tempo. No entanto,a partir da amostra analisada obtiveram-se resultados que confrontam a teoria da Hierarquia de Fontes Modificadas ou Obrigatórias (HOLMES E KENT, 1991), mostrando uma tendência à utilização de empréstimos em detrimento das fontes