debate descriminalização das drogas
Para Cristiano Avila Maronna, diretor executivo do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, “a ideia de um mundo livre de drogas é equivocada. O ser humano sempre teve contato com substâncias psicoativas, seja por finalidades religiosas, medicinais ou recreativas, e chegamos até aqui também por isso. Achar que vamos viver em um mundo sem drogas é uma ideia irrealizável e de um puritanismo absurdo”.
Segundo a juíza aposentada Maria Lúcia Karam, “o debate sobre proibicionismo e guerra às drogas traz consigo uma série de reflexões importantes, sobretudo em relação às garantias das liberdades individuais e à violência do Estado”. Sendo assim, impedir alguém de escolher entre utilizar ou não determinadas substâncias psicoativas (algumas consumidas livremente pela humanidade há milênios, como é o caso da maconha) é um grave ataque à soberania do cidadão frente à sociedade.
Descriminalização facilita acesso aos serviços
Não obstante, a ambiguidade da Lei 11.343/2006, que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, tem um papel crucial no processo de encarceramento em massa da juventude pobre e negra no Brasil. “A Lei de Drogas tem duas figuras típicas, o