Durante o debate presidencial, realizado no dia 28 de setembro de 2014, os candidatos Levy Fidelix e Luciana Genro discutiram sobre um assunto polêmico: a união homoafetiva. Luciana Genro, candidata à presidência, do PSOL, questionou: "por que as pessoas que defendem tanto a família se recusam a reconhecer como família um casal do mesmo sexo?". Diante desse questionamento, Levy Fidelix, do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), mostrou-se confidente em relação à sua posição: ele se opôs à união homoafetiva. Justificou, em seguida: "pelo que eu vi na vida, dois iguais não fazem filho", e acrescentou, ainda, que "aparelho excretor não reproduz". Em seu discurso, Fidelix demonstrou, claramente, sua repulsão à homossexualidade e, assim, reforçou sua homofobia. Fidelix definiu o homossexualismo como patologia a ser tratada psicologicamente e o comparou ao crime de pedofilia, citando a expulsão de um padre pedófilo da Igreja pelo papa Francisco - que, segundo Fidelix, "fez muito bem". Mas o candidato, ao meu ver, esqueceu-se de que o homossexualismo se resume a relações e preferências afetivas, impossíveis de serem meras escolhas conscientes. O homossexualismo, em determinado aspecto, é inevitável, por ser construído no histórico infantil do indivíduo; e, mais, a própria Igreja declara que a atração homossexual é predestinação, ou seja, determinada antes do nascimento do indivíduo. Portanto, este não pode ser comparado a uma doença psicológica, nem a um caso de crime como a pedofilia. Fidelix, ainda, afirmou que há necessidade da maioria de enfrentar a minoria composta por homossexuais - lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBT). Entretanto, parece-me que essa "maioria", à qual ele se referia, não passa de 446.878 pessoas. Pelo visto, a verdadeira maioria está contra o seu