De Belo Horizonte a Diamantina uma análise da paisagem
Arcabouço Geológico
A cidade de Belo Horizonte e arredores tem sua composição geológica rochas de embasamento, resultado da decomposição, intemperismo das rochas do escudo cristalino, como gnaisse, mármore, quartzo (área em cinza no mapa).
No trecho entre Sete Lagoas e Curvelo, há predominância de Rochas Carbonáticas e Sedimentares (BSL, BLJ e BP no mapa) como pelitos (imagem 2, abaixo) e calcário, que em contato com a água corrente se dissolve e forma grutas e cavernas, que na região é um fator turístico.
Há uma grande modificação na composição geográfica quando passamos de Curvelo à Diamantina. No município de Gouveia há predominância de quartzitos, rochas extremamente resistentes. Em sua depressão, há presença de voçorocas, rochas de embasamento.
Em Diamantina, já na região do Espinhaço, a geologia é composta por quartzitos que são rochas metassedimentares.
Unidades de Relevo
Feita a análise deste mapa, foi possível notar que o trecho Belo Horizonte-Sete Lagoas está situado na depressão Sanfranciscana, o que representa altitudes baixas e relevo plano.
A noroeste de Sete Lagoas, portanto, está situada a Serra de Santa Helena, que nada mais é que um planalto residual no meio da depressão de São Francisco, e chega a atingir 1076m.
O trecho Sete Lagoas-Paraopeba tem relevo “misto”, pois há partes do Planalto do São Francisco no meio da Depressão São Franciscana.
Um pouco antes de Curvelo até Alexandre Mascarenhas, o relevo fica mais plano e a estrada caminha mais no topo do que no vale. Isto foi possível perceber devido as grandes extensões vistas a esquerda e direita. Essa situação acontece devido ao posicionamento horizontal das rochas sedimentares.
A partir da Vila Alexandre Mascarenhas (munícipio de Gouveia) a depressão é deixada para trás, dando espaço ao Planalto do Espinhaço onde podem ser observadas três unidades de paisagens: superfícies mais planas, elevações residuais e vales.