De Baudelaire a H.O- O propositor pós-moderno e crítico de arte

De Baudelaire a H.O- O propositor pós-moderno e crítico de arte

A modernidade no campo da arte ampliou os horizontes do que é considerado arte, do modo de pensar o mundo e da quebra de paradigmas obsoletos. Porém, o tema que trataremos no presente trabalho refere-se ao pré e pós-modernismo, toda a herança advinda até a “pós-modernidade” e sua profunda influência no trabalho do artista Hélio Oiticica (HO). Iremos, portanto, analisar o papel do artista através do teórico Charles Baudelaire, e como após o modernismo é o artista quem começa a assumir o papel de crítico de seu próprio trabalho.
Podemos considerar o fim da chamada “arte moderna” com a chegada da Pop Art, movimento artístico que veio quebrar com o ciclo anterior, puramente artístico, e traz a arte um cunho social, até irônico. A Pop criticava de uma maneira claramente objetiva o sistema vigente da época. A fase que procede a Pop trabalha com o conceito de antiarte, a arte “pós-moderna”, que repele acima de tudo a subjetividade exagerada presente em períodos anteriores.
Mesmo Baudelaire, que não fez parte nem da fase moderna nem da pós-moderna, notamos certa irritação quanto à subjetividade que faz parte do período artístico de sua época. Baudelaire exaltava a arte como eterno processo em mutação. Nossas teorias sempre cairiam por terra e outras tomariam seu lugar, fazendo desse ciclo infindável e por isso sempre atual. E provamos isto através do trecho: “sempre um produto espontâneo, inesperado, da vitalidade universal que vinha desmentir a minha ciência infantil e caduca, filha deplorável da utopia”.
No trabalho de Hélio não vemos diferença com relação à ideia de eterna mutação do pensamento, antes já vista em Baudelaire. HO no Brasil se apresenta como artista precussor dos artistas-críticos. Através de seus textos, escritos e de seu diário pessoal, o artista discorre sobre questões filosóficas e relacionadas a sua intenção na arte.
Ao longo do tempo Hélio abandona o modelo de arte