David ricardo
A História do Pensamento Econômico entra na sua faceta liberal, já anteriormente tínhamos falado de Adam Smith, agora é altura de iniciarmos o estudo de David Ricardo.
David Ricardo era filho de uma banqueiro judeu emigrado, com este autor a Economia Política afastou-se de considerações secundárias, demarcando-se de coordenadas de espaço e tempo para se tornar axiomática e dedutiva. Ricardo tornou-se o clássico por excelência da Economia.
David Ricardo apesar de se inspirar em grande parte da sua análise na obra de Adam Smith acabou por o criticar. Nomeadamente alterou o conceito de valor de uso de Adam Smith definindo-o como a Utilidade, ou seja, a capacidade do produto satisfazer as nossas necessidades.
Ricardo fazia distinção entre a noção de valor e a noção de riqueza.
O Valor era considerado como a quantidade de trabalho necessária à produção do bem, contudo não dependia da abundância, mas sim do maior ou menor grau de dificuldade na sua produção.
Já a riqueza era entendida como os bens que as pessoas possuem, bens que eram necessários, úteis e agradáveis.
O preço de um bem era o resultado de uma relação entre o bem e outro bem
Esse preço era representado por uma determinada quantidade de moeda, obviamente que variações no valor da moeda implicam variações no preço do bem.
Ricardo definia o Valor da Moeda como a quantidade de trabalho necessária à produção do metal que servia para fabricar o numerário.
Se o Valor da Moeda variasse, o preço do bem variava mas o seu Valor Não.
A teoria de David Ricardo é válida para bens reproduzíveis (Por exemplo um objeto de arte tem valor pela sua escassez e não pela quantidade de trabalho que lhe está inerente).
Tal Como Adam Smith, Ricardo admitia que a qualidade do trabalho contribuía para o valor de um bem.
A Teoria da Repartição do Rendimento
Também aqui Ricardo mantinha-se fiel à base lançada por Adam Smith, pois entendia que o Rendimento seria dividido em:
- Rendas