David Ricardo
Entre os princípios formulados por Ricardo encontra-se aquele segundo o qual todo trabalho produtivo, inclusive o agrícola, gera excedente econômico, isto é, riqueza. A terra não tem influência na determinação do valor, que é a quantidade de trabalho investida na produção de um bem. O capital é a cristalização do trabalho, quer dizer, uma reserva do trabalho já realizado. Suas teorias são, em sua dimensão política, uma tomada de posição a favor da burguesia industrial contra a classe ruralista. Exerceu grande influência no século XIX tanto entre os defensores do liberalismo e do capitalismo quanto entre seus opositores.
Em oposição ao mercantilismo, Ricardo formulou um sistema de livre comércio e produção de bens que permitiria a cada país se especializar na fabricação dos produtos nos quais tivesse vantagem comparativa. Um país tem vantagem em importar certos produtos, mesmo que possa produzi-los por custos mais baixos, se tiver vantagem ainda maior em comparação com outros produtos. O sistema, também chamado de custos comparativos, ainda é aplicado em comércio exterior.
Sua principal contribuição foi o princípio dos rendimentos decrescentes, devido a renda das terras. Tentou deduzir um teoria do valor a partir da aplicação do trabalho.
Outra contribuição foi a Lei do Custo Comparativo, que demonstrava os benefícios advindos de uma especialização internacional na composição dos commodities do comércio internacional. Este foi o principal argumento do Livre Comércio, aplicado pela Inglaterra, durante o século XIX, exportando manufaturas e importando matérias primas.
David Ricardo é reconhecido como o sucessor de Adam Smith. Foi o economista mais influente de sua época.