David Hume
Retornando à Grã-Bretanha, ocupou cargos públicos, incluindo o de secretário de Estado (1768). Antes, entre 1763 e 1765, serviu na França como secretário da embaixada inglesa. Ao falecer, revelou extraordinária tranquilidade diante da morte.
A posição doutrinária assumida por Hume pode ser explicada pelo subtítulo do "Tratado": "Ensaio para introduzir o método experimental de raciocínio nos assuntos morais". Diz ele, na introdução, que, assim como a ciência do homem é o único fundamento sólido para as outras ciências, assim o único fundamento sólido que podemos dar à ciência do homem repousa necessariamente sobre a experiência e sobre a observação. Fenomenismo e ceticismo
Toda a obra de Hume pode ser explicada pela preocupação de implantar nas ciências morais a posição metodológica assumida por Isaac Newton no domínio da astronomia e da física, posição que se define como positiva no sentido de que se abstém de toda hipótese que não resista à verificação experimental.
Como consequência de obedecer, com rigor, à orientação metodológica de Newton, resultavam excluídas as especulações sobre a natureza da alma, assim como os discursos sobre o absoluto e o "a priori". Tanto a nosso respeito quanto a propósito do mundo, apenas poderíamos conhecer aquilo que se pudesse oferecer à observação e à experiência, promovendo-se, assim, a eliminação das hipóteses inverificáveis.
É dessa posição que resulta o fenomenismo de Hume, tão mal interpretado. Conforme observa Lévy-Bruhl, o fenomenismo de Hume não se funda em razões metafísicas. Na