Datação por carbono-14
Todo ser vivo tem em sua constituição partículas de carbono. Dentre as partículas deste carbono existe uma específica que nos possibilita datar com relativa exatidão em que época tais seres estiveram vivos. A técnica do carbono-14 foi descoberta nos anos quarenta do século passado por Willard Libby. Ele percebeu que a quantidade de carbono-14 dos tecidos orgânicos mortos diminui a um ritmo constante com o passar do tempo. Assim, a medição dos valores de carbono-14 em um objeto fóssil nos dá pistas dos anos decorridos desde sua morte. Isso equivale a dizer que o carbono-14 morre junto com o ser vivo e é a partir desta datação que ele vai diminuindo de quantidade com o passar dos anos. Isso possibilita entendermos em que época estes seres viveram. Hoje este é o método mais eficiente para estimar a idade de espécimes arqueológicas de origem biológica.
Esta técnica é aplicável à madeira, carbono, sedimentos orgânicos, ossos, conchas marinhas ou seja, todo material que conteve carbono em alguma de suas formas. Como o exame se baseia na determinação de idade através da quantidade de carbono-14 e que esta diminui com o passar do tempo, ele só pode ser usado para datar amostras que tenham idades estimadas em até 50 a 70 mil anos. Depois disso a quantidade de carbono 14 é insuficiente para análises.
Assim, para datarmos, por exemplo, seres vivos que estiveram na terra a milhões de anos atrás, como os dinossauros ou mesmo rochas, outros procedimentos de datação são utilizados, geralmente os de isótopos de radiação como argônio ou potássio, pois o carbono que poderia existir, no caso de um dinossauro já não existe mais. Para um exemplo prático, dizemos que: como resultado da radiação cósmica um pequeno número de núcleos de nitrogênio atmosféricos estão continuamente se transformando por bombardeamento de nêutrons em núcleos radioativos de carbono-14. Alguns destes