Darwin
A partir da conceituação de que a violência é uma ação destrutiva que se utiliza da força física ou intimidação moral sobre outro, percebemos a necessidade de uma reflexão sobre os episódios violentos envolvendo o espaço escolar.
A violência não está apenas no campo educacional, mas também na estrutura social da qual a escola faz parte, então a violência ultrapassa os muros da escola e traz preocupação.
A violência nas escolas preocupa mais os brasileiros, hoje, do que a má qualidade do ensino ou os salários dos professores. Os resultados da pesquisa do IBOPE- Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística- em parceria com o movimento Todos Pela Educação, mostram claramente que a insegurança e as drogas são os maiores problemas da educação brasileira, seguidos de falta de motivação associada ao excesso de trabalho dos professores e baixa qualidade do ensino.
Ao indagar a quase duas mil pessoas qual seria o maior problema da educação brasileira,o IBOPE registrou que, para 50% dos entrevistados, é falta de segurança e o uso de drogas nas escolas. Cabe observar que essa preocupação aparece tanto nas classes sociais com rendas familiares entre 5 e 10 salários mínimos (56% dos entrevistados desse seguimentos apontaram o problema como o principal) quanto nas classes financeiramente mais abastadas(46% disseram o mesmo).
A violência na escola se apresenta como uma questão transversal, pois perpassa outros âmbitos da relação ensino-aprendizagem. Estudantes e professores inseguros apresentam rendimento inferior ao desejável, e o baixo rendimento traz a desmotivação tanto dos estudantes como dos educadores.
Certamente o fenômeno da violência não é adequado ao espaço escolar, já que a escola deve promover a formação ética e moral de crianças, adolescentes e jovens.
Os episódios de violência ficam mais assustadores quando evidenciamos o fato de que as escolas não estão preparadas para enfrentar a complexidade deste fenômeno social, e o