Darcy Ribeiro, vida e obra

Darcy Ribeiro, antropólogo, educador e romancista, nasceu em Monte Carlos (MG). Em 1946, formou-se em Ciências Sociais com especialização em Antropologia pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo e em seus primeiros anos de estudo dedicou-se ao a causa dos índios de varias tribos do país (1946-1956). Durante este período fundou o Museu do Índio e colaborou para a criação do Parque Indígena do Xingu. Escreveu obras etnográficas e de defesa da causa indígena. Dirigiu o primeiro curso de pós-graduação em Antropologia, foi professor de etnologia da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil
Passou a trabalhar no Ministério da Educação e Cultura. Lutou em defesa da escola pública e junto com Anísio Teixeira fundou a Universidade de Brasília, da qual foi reitor em 1962-3.
Dedicou-se à educação primária e superior. Em 1961, foi ministro da Educação no governo Jânio Quadros. Mais tarde, chefe foi da Casa Civil no governo João Goulart. Durante a ditadura como muitos intelectuais teve seus direitos políticos cassados, no golpe militar de 64 foi exilado, durante este período viveu em vários países da América Latina. Lecionou na Universidade Oriental do Uruguai, assessorou os presidentes Allende (Chile) e Velasco Alvarado (Peru).
Retornou ao Brasil em 1976, dedicou-se à educação pública. Durante o governo de Leonel Brizola, elegeu-se vice-governador do Rio de Janeiro, criou, planejou e dirigiu a implantação dos Centros Integrados de Ensino Público (CIEP). Elegeu-se senador da República, função que exerce defendendo vários projetos, entre eles, uma lei de trânsito para defender os pedestres contra a selvageria dos motoristas. Exerceu este mandato até a sua morte em 1997, qual foi anunciada em um longo processo cancerígeno que comoveu o Brasil.