Danusa Marques
Segundo a definição de Bourdieu na compreensão de Danusa Marques, um campo é uma estrutura social que possui regras e hierarquias específicas, submetendo seus agentes à lógica. Apesar da autonomia dos campos ser relativa, é posto que o domínio sobre o seu próprio funcionamento integra o próprio conceito de campo. Marques cita o exemplo das ciências sociais para delinear uma forma mais branda de autonomia: suscetíveis a outros campos do conhecimento, as ciências sociais tendem a apresentar autonomia permeável.
Bourdieu: Assim, o campo é autônomo e fechado (com exceção de alguns casos, como o das ciências sociais). Nele, os agentes envolvidos estão organizados de forma hierárquica e sob a égide de regras lógicas. Todas as ações em um campo são tomadas em função do seu habitus (formas de agir, pensar e sentir o mundo, coletivas, mas incorporadas ao sujeito). O habitus realiza a intermediação da posição (objetiva) e a tomada de posição (subjetiva) do agente. O agente deve possuir capital simbólico. Quanto mais fechado e limitado é um campo, mais autônomo ele se torna. Ex: ciências sociais (aberta, consequentemente tem autonomia reduzida). As relações entre mídia, política e academia científica são centrais (e não vagas ou fracas), pois procuram impor uma representação do mundo social. O conhecimento produzido é divulgado pelo campo midiático e influi sobre o campo político. Desta forma, agentes políticos podem financiar pesquisas no campo das ciências sociais que, certamente, podem trabalhar com uma agenda lapidada pela mídia. A permeabilidade existente nas ciências sociais garante ele ser aberto, porém eles têm uma possibilidade de fundar um campo de estudos autônomo e insensível a influências dos demais campos. Segundo Bourdieu, é necessário para as ciências sociais seu fechamento.
Democracia para Danusa: Tem influência histórica. É espelhada no modelo ateniense clássico. A democracia grega possui grande importância no