DAFA
Nos países em desenvolvimento, como é o caso Brasil, os investimentos e as tecnologias empregadas para a gestão dos sistemas de saneamento são inadequados ou limitados, quase sempre com foco em medidas pontuais e estruturais que buscam sanar efeitos, deixando-se de lado uma visão sistêmica da gestão de águas urbanas.
Com o crescimento urbano desordenado e a gestão inadequada de águas, diversos problemas são gerados, desencadeando impactos ambientais graves e interligados que ajudam a poluir os mananciais e reduzir a sua disponibilidade em quantidade e qualidade para a população. Dentre tantos, o despejo de efluentes em redes de drenagem ou diretamente em mananciais sem o tratamento adequado é comum em todas as regiões do país e mostra-se como um das principais causas da redução da disponibilidade hídrica e poluição do meio ambiente, além de aumentar em muitos os custos com o tratamento dessa mesma água para o consumo humano.
Dessa forma a engenharia vem buscando meios viáveis, com custos reduzidos para o melhor tratamento desses efluentes, de forma a gerar o menor resíduo poluente possível antes do retorno aos mananciais. Dentre as soluções está o DAFA (Digestor anaeróbico de fluxo ascendente). Esse tipo de tratamento de esgoto possui grande viabilidade, por possuir baixo custo, elevada vida útil, com baixa produção de sólidos e simplicidade operacional, ideal para sistemas de esgoto onde é gerada grande quantidade de lodo, entre outros benefícios.
Esse sistema consiste no tratamento inicial do efluente, retirando a matéria sólida e os gases, no separador de fases, para logo após ser lançado para o tratamento aeróbico, já com grande parte da carga orgânica tratada.
2. DAFA – DIGESTOR ANAERÓBICO DE FLUXO ASCENDENTE
A Digestão anaeróbica é um processo de decomposição da matéria orgânica através de bactérias em um meio que não existe presença de oxigênio. O DAFA,