DA ROTINA FLEXIBILIDADE ARTIGO CIENT FICO
Alexandre Barbosa Fraga[1] Cite este artigo: FRAGA, Alexandre. Da rotina à flexibilidade: análise das características do Fordismo fora da indústria. Revista habitus: revista eletrônica dos alunos de graduação em Ciências Sociais – IFCS/UFRJ, Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, p.36-43, 30 mar. 2006. Anual. Disponível em: <www.habitus.ifcs.ufrj.br>. Acesso em: 30 mar. 2006.
Resumo: Este artigo trata da transição do "fordismo" ao "pós-fordismo", ou seja, da produção em massa para a produção flexível, e das mudanças no mundo do trabalho. Dentre essas transformações temos o aumento do desemprego e do trabalho informal, além da expansão do emprego no setor de serviços. O que proponho demonstrar é que características do fordismo passam a ser verificadas, no mercado de trabalho atual, no setor de serviços e no setor informal da economia; para usar conceitos de Bauman, determinadas características da modernidade sólida passam a fazer parte da modernidade líquida, mas em outros setores que não mais o da indústria.
Palavras-chave: Fordismo, Taylorismo, Toyotismo, mercado de trabalho, flexibilização do emprego, trabalho informal e setor de serviços. 1. Introdução
O tema que desejo abordar neste artigo são as mudanças provocadas no mundo do trabalho por conta da transição da produção em massa para a produção flexível, e a expansão do setor informal e de serviços. Mas, mais do que isso, o ponto principal da minha argumentação é de que as características do fordismo estão presentes na sociedade atual, em parte do setor informal e de serviços. Procuro tomar o cuidado de respeitar as devidas proporções de se estar comparando um modo de produção com um modo de venda. Quero deixar claro que não estou dizendo que o modelo fordista se verifica atualmente no setor terciário da economia, mas algumas de suas características.
Em primeiro lugar, eu retomo a época taylorista e fordista para caracterizar