Da produção da consciência
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Os indivíduos na história decorrida até hoje, foram submetidos a um processo histórico universal por uma força que lhes é estranha – uma opressão que eles representavam como uma trapaça do chamado Espírito universal¬¬¬¬–, uma força que se faz cada vez mais maciça e que se revela, em última instância, como mercado mundial. Essa concepção de dependência universal seria transformada pela revolução comunista, que nasceria pela ação recíproca dos homens entre si. Então, vê-se que os homens produzem uns aos outros, no sentido físico e no moral, e não a si mesmos. A verdadeira força motriz da história, da religião, da filosofia e de qualquer outra teoria é a revolução e não a crítica. “Essa concepção mostra que o fim da história não se acaba resolvendo em “consciência de si”, como “espírito do espírito”, mas sim que a cada estágio são dados um resultado material, uma soma de forças produtivas.” (p. 36). As circunstâncias fazem os homens assim como eles fazem as circunstâncias. São as condições de vida, que as diversas gerações encontram prontas, que determinam se a comoção revolucionária, suficientemente forte para derrubar as bases de tudo que existe; os elementos fundamentais e materiais para a subversão total são, por um lado, as forças produtivas existentes e, por outro, a formação de uma massa revolucionária que se revolte não só contra as condições particulares da sociedade atual, mas também contra a própria “produção da vida” vigente, contra “atividade total” sobre a qual se fundamenta. A filosofia alemã tem como crença o “espírito puro” e fazem da ilusão religiosa a força motriz da história, enquanto os franceses tinham um espírito político baseado no real. A filosofia hegeliana da história é a última consequência, levada a sua “mais pura expressão”, dessa historiografia alemã, que não gira em torno de interesses reais nem se que de interesses políticos, mas em torno de pensamentos puros. Essa concepção é realmente religiosa, coloca toda a imaginação e