Da penetração do açúcar nas antilhas

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CONSEQÜÊNCIAS DA PENETRAÇÃO
DO AÇÚCAR NAS ANTILHAS
Com o crescente sucesso do fumo na Europa, tem se a necessidade, nas colônias, de adquirir mão de obra e o escravo africano supriu essa necessidade.
A plantação de açúcar foi extremamente favorável aos holandeses, por estarem geograficamente bem localizados favorecendo assim a sua exportação. A pequena propriedade das Antilhas deu lugar aos grandes latifúndios.
Com isso na medida em que a agricultura tropical se tornava um sucesso comercial, principalmente o fumo, cresciam as dificuldades apresentadas pelo abastecimento de mão de obra europeia. Do ponto de vista das companhias interessadas no comércio das novas colônias, a solução natural do problema estava na introdução da mão de obra escrava africana. Na Virgínia onde as terras não estavam todas divididas em mãos de pequenos produtores, a formação de grandes unidades agrícolas se desenvolveu mais rapidamente. Surge assim uma situação totalmente nova no mercado de produtos tropicais: uma intensa concorrência entre regiões que exploram mão de obra escrava em grandes unidades produtivas, e regiões de pequenas propriedades e mão de obra europeia. As colônias de povoamento destas regiões resultaram ser simples estações experimentais para produção de artigos de potencialidade comercial ainda incerta. Superada essa etapa de incerteza, as inversões maciças exigidas pelas grandes plantações escravistas demonstram ser negocio muito vantajoso.
A partir deste momento se modifica o curso da colonização antilhana, e essa modificação será de importância fundamental para o Brasil. A ideia original de colonização dessas regiões tropicais, à base de pequena propriedade, excluía per se toda cogitação em torno à produção de açúcar. Dentre os produtos tropicais, mais que qualquer outro, este era incompatível com o sistema de pequenas propriedades. Nesta primeira fase da colonização agrícola não portuguesa das terras americanas, aparentemente se dava por assentado que ao

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