da dv
ACADEMICA: ROBERTA CIPRIANO
PSICOLOGIA SOCIAL
TERESINHA MARIA GONÇALVES
ANÁLISE DA HISTÓRIA DE VIDA DE DONA EVA
Dona Eva nasceu no ano de 1947 na cidade de Araranguá, bairro Barranca, na região do extremo sul catarinense. Logo ao nascer dona Eva foi abandonada por sua mãe e dada a um casal vizinho. “Quando eles me pegaram para criar, eu estava enrolada em uns panos eu tinha semanas de vida, pois minha mãe de sangue só me ganhou e me deu para minha mãe de criação”. Esta família que agora Dona Eva fazia parte se constituía de mais dois filhos, onde ela passou a ser a casula. Diz dona Eva que esta era uma família pobre e humilde, seu pai de criação trabalhava na roça, e sua mãe cuidava dos afazeres da casa. Segundo ela sua relação com os irmãos de criação era muito boa, eles se respeitavam, eram bons amigos e adoravam brincar na roça.
Segundo Sueli Damergian todos nós necessitamos, para produzir nossa subjetividade e construir nossa identidade de uma referência básica que para ela é a mãe biológica ou a mãe sociedade. No caso de Dona Eva, a mãe de criação fazia o papel de mãe biológica, (família) enquanto a construção de identidade ia se desenvolvendo. Assim também a mãe enquanto família era o ponto fixo, essa mãe, no caso era substituta. “Ponto fixo é o objeto bom que lhe deve ser oferecido pelo meio (mãe ou substituta) ...” (DAMERGIAN 2001 p.90). É possível perceber o ponto fixo pelos relatos de Dona Eva: “Nossa relação era muito boa, mas minha mãe era do certo, tinha que ser tudo como ela queria. Deu educação para mim e para meus irmãos.” Além disso, dona Eva relatou que apanhava muito da mãe por ser muito “levada”, mas que sabia que os tapas eram para o seu bem. “Meu pai foi um pai maravilhoso, não gostava quando minha mãe me batia. Ele brigava com ela.” De acordo com Damergian (2001), a mãe exerce duas funções fundamentais na vida do seu bebê: a primeira é a função de ponto fixo, e a segunda função é a de