Da cepal a teori da dependencia
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Resenha Crítica do Texto: Da CEPAL á Teoria da Dependência A autora, Maira Bichir, é graduada em Relações Internacionais pela UNESP, mestre e doutoranda em Ciência Política pela Unicamp. Ela integra o grupo de pesquisa sobre o Marxismo e Pensamento Político e tem como campo de estudos o pensamento latino-americano, com especial destaque para a Teoria da Dependência. Em sua obra “Da CEPAL á Teoria da Dependência” a qual estamos analisando, Maíra Bichir desenvolve o conceito de centro e periferia e a sua relevância nas Relações Internacionais enquanto instrumento de interpretação. Para que esse tema seja discutido é necessário que seja abordado as concepções teóricas que tratam sobre este tema: a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e a Teoria da Dependência. Tais perspectivas “procuram formular uma visão totalizante e sistêmica da realidade, que transcenda análises parciais e fragmentadas da América Latina, região que se constitui como objeto de estudo das referidas perspectivas. (BICHIR, 2009 p.22) A CEPAL foi criada na década de 1940, em meio a um contexto de mudança entre a I e a II Guera Mundial. Ela trata a discussão centro-periferia com base em uma reflexão sobre a problemática do desenvolvimento. Essa concepção teórica foi a responsável pela emergência de tal assunto. Em suas discussões há um relevante embate com as teorias econômicas clássicas, principalmente á teoria das vantagens comparativas de David Ricardo. Tal teoria “preconizava a especialização de cada país na produção de bens que lhe fossem menos custosos e que ao mesmo tempo implicassem em uma maior produtividade.” (BICHIR, 2009 p.22) Sendo que, nesse modelo as trocas comerciais traziam benefícios mútuos para os países negociantes, mas a América Latina era sempre vista como exportadora de matéria prima e alimentos e importadora de manufaturas e tecnologia, sendo este um comportamento fixo, ou seja, na teoria de Ricardo a América Latina sempre iria importar a