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Imagem corporal é a figuração do próprio corpo formada e estruturada na mente do mesmo indivíduo, ou seja, a maneira pela qual o corpo se apresenta para si próprio. É o conjunto de sensações sinestésicas construídas pelos sentidos (audição, visão, tato, paladar), oriundos de experiências vivenciadas pelo individuo, onde o referido cria um referencial do seu corpo, para o seu corpo e para o outro, sobre o objeto elaborado.
O desenvolvimento da imagem corporal encontra paralelo no desenvolvimento da identidade do próprio corpo, tendo relações com os aspectos fisiológicos, afetivos e sociais. É um processo que ocorre durante toda a vida. A construção da identidade corporal é sempre um processo em construção. As primeiras experiências infantis são fundamentais no desenvolvimento da imagem corporal, mas as experiências e o explorar do corpo nunca param.
O conceito de beleza e saúde corporal vem sofrendo muitas mudanças. No inicio do sec. XX a mulher desejada era mais farta de gordura em seus quadris, coxas, barrigas e mamas. Com o passar desse século, inicia-se uma corrida incessante pelo corpo magro, atlético e formas mais definidas, essa busca faz com que corpo vire sinônimo de poder e aceitação social acarretando no crescimento da insatisfação com o próprio corpo.
Essa insatisfação ganha força com a mídia que impõe padrões de beleza praticamente inatingíveis, através de corpos perfeitos, práticas alimentares inadequadas, mulheres esqueléticas e homens musculosos. Esse bombardeio da mídia afeta principalmente as mulheres, pois essas são mais vulneráveis as pressões externas, sendo assim, apresentam um maior risco para o desenvolvimento de distúrbios relacionados à imagem corporal.
Há nas sociedades contemporâneas uma intensificação do culto ao corpo, onde os indivíduos experimentam uma crescente preocupação com a imagem e a estética.
Entendida como consumo cultural, a prática do culto ao corpo coloca-se hoje como preocupação