célula mecânica de flotação
1 – I TRODUÇÃO A flotação é uma técnica de separação de misturas que consiste na introdução de bolhas de ar a uma suspensão de partículas. Com isso, verifica-se que as partículas aderem às bolhas, formando uma espuma que pode ser removida da solução e separando seus componentes de maneira efetiva. O importante nesse processo é que ele representa exatamente o inverso daquele que deveria ocorrer espontaneamente: a sedimentação das partículas. A ocorrência do fenômeno se deve à tensão superficial do meio de dispersão e ao ângulo de contato formado entre as bolhas e as partículas. Esse processo, conhecido a mais de cem anos, teve sua origem na indústria de processamento mineral e atualmente é o processo mais importante na recuperação e/ou concentração de minerais, além de apresentar aplicações nas mais diversas áreas.
No tratamento de minérios, a flotação (“froth flotation”) é sem dúvida a técnica mais importante e versátil, e seu uso e aplicação vêm sendo continuamente expandidos, com o objetivo de tratar grandes quantidades de minério e para abranger novas áreas.
Originalmente patenteado em 1906, o processo de flotação tem permitido o beneficiamento de minérios de baixos teores e finamente disseminados, antes classificados como economicamente inviáveis. Esse processo possibilita a separação seletiva de minerais complexos como chumbo-zinco, cobre-zinco, etc. Inicialmente desenvolvido para o processamento de sulfetos de cobre, chumbo e zinco, o campo da flotação no contexto do tratamento de minérios tem se expandido, e inclui atualmente o processamento de prata; níquel; sulfetos de ouro; óxidos, tais como hematita e cassiterita; minerais oxidados, como malaquita e cassiterita; e minerais não metálicos, como fluorita, fosfatos e carvão.
No cenário mineral brasileiro atual a flotação é responsável pelo beneficiamento de minérios de ferro, fosfato, grafita, magnesita, talco, sulfetos de cobre, sulfetos de chumbo-zinco, óxidos de zinco,