Câncer - Leucemia
O câncer é uma doença genética, independente de ocorrer de forma esporádica ou hereditária, pois a carcinogênese sempre inicia com danos no DNA. Geralmente esses danos são causados por agentes químicos, físicos ou virais. Existem, basicamente, duas categorias de genes envolvidos nas formações neoplásicas: os oncogenes e os genes supressores tumorais.
Oncogenes - O controle das atividades celulares normais é feito por muitos tipos de genes, entre eles os proto-oncogenes. Os oncogenes são proto-oncogenes que sofreram mutações ativadoras, ou seja, que passaram a ter ganho de função ou hiperexpressão. Os oncogenes são responsáveis por aumentar a proliferação celular ao mesmo tempo em que inibem a apoptose, eventos que podem dar início a uma neoplasia.
Genes supressores tumorais - São genes que expressam produtos que regulam negativamente o ciclo celular. Quando mutados deixam de exercer seus papéis através de processos específicos para cada gene. Os genes supressores tumorais são divididos em dois grandes grupos: os Gatekeepers (ou genes protetores, regulam diretamente o ciclo celular) e os Caretakers (ou genes de manutenção, atuam reparando danos no DNA). A carcinogênese é um processo de múltiplos estágios, desencadeado por danos genéticos e alterações epigenéticas. Os três principais são:
1. Iniciação: começa nas células por meio de mutações a partir da exposição aos carcinógenos ou vírus. Muitos eventos de iniciação podem ser revertidos por mecanismos celulares de reparo do DNA.
2. Promoção: Envolve a alteração da expressão no gene, a expansão clonal seletiva e a proliferação das células iniciadas. Ao contrário do estágio de iniciação, esse estágio pode ser reversível, porém após sua regressão pode retornar novamente com a reinstituição do agente carcinogênico.
3. Progressão: É caracterizado por alterações moleculares adicionais, aumento maior da massa tumoral, desprendimento de células dessa massa indo em direção aos tecidos e órgãos adjacentes