Câncer de Mama
O Brasil tem taxas intermediárias de incidência e mortalidade por câncer de mama. Dos 234.870 casos novos de câncer estimados para o sexo feminino em 2008, 49.400 foram para o câncer de mama, com um risco de 50,71 casos a cada 100 mil mulheres brasileiras. Acredita-se que as elevadas taxas de mortalidade sejam pelo fato dessa doença ainda ser diagnosticada em estágios avançados, mesmo considerados de relativo bom prognóstico. O Sul do País apresenta uma das mais altas taxas de incidência, com uma estimativa de 56,16 novos casos a cada 100.000 mulheres (LOTTI, Et al; 2008). Esses dados permitem considerar o câncer de mama como um problema de saúde pública no Brasil. A formação de um câncer de mama é derivada de um processo em sequência fracionada em três fases chamadas de iniciação, promoção e progressão respectivamente. A iniciação advém de origem genética, dependente de lesão no DNA cromossômico, que pode ser herdada ou adquirida, a disfunção dessa lesão leva a perda da capacidade de regular corretamente o ritmo de multiplicação celular.
A promoção na maioria dos casos é dada pela lesão no DNA, assim considerada esporádica ou não hereditária, ocorre no transcorrer da vida do indivíduo afetado, em apenas 5 a 10% dos casos a lesão genética é devido à alteração genética familiar (herdada), tornando o indivíduo propenso ao câncer de mama (SMELTZER; BARE, 2005).
A progressão das células com a lesão causadora de neoplasia tendem a invadir camadas que sustentam o tecido dos ductos mamários nomeada de membrana basal, havendo infiltração da membrana basal o tumor será considerado invasor, caso contrário considera-o “in situ”, apenas quando houver infiltração na membrana basal existe a possibilidade de vasos sanguíneos e capilares linfáticos serem atingidos e propagar a metastização, efetuando o transporte das células alteradas a outros órgãos como ossos e pulmões
Ao falar da sintomatologia, podemos considerar que em geral as lesões