Custos na indústria
Há um conceito arraigado de custo, o qual temos aqui que contestar, normalmente define-se: “custo e despesa”, isto por que as pessoas se prendem a idéia de que, desde que se esta pagando um preço por algo, isso esta custando um valor, o que, para muitos, representa estar fazendo um dispêndio. A despesa tem a característica básica de diminuir o patrimônio, ou seja, ao efetuarmos o pagamento de um gasto qualquer (água, luz, telefone etc.) estamos consumindo dinheiro, que é um bem patrimonial, simplesmente sem troca da prestação de serviço, cujo valor não tem qualquer representatividade material de um bem. Da mesma forma, quando trocamos uma peça danificada, pertencente a um bem (carro, casa, TV etc.), estamos diminuindo o nosso valor patrimonial (desembolso de dinheiro), sem qualquer compensação em espécie, pois nada foi acrescentado ao valor do bem em si. Vamos agora considerar o pagamento pela compra de uma maquina fotográfica - constamos aqui ter havido um desencaixe, que provocou a diminuição do patrimônio, porém este foi aumentado na mesma proporção, no momento em que a máquina incorporou-se ao seu valor; houve, portanto, apenas uma troca de bens, cujo efeito no aumento ou diminuição de valores é nulo, não houve então qualquer caso de perda (despesa) ou ganho (receita). Ao analisarmos os parágrafos precedentes, vamos chegar a um impasse. Ora, se “custo e despesa”, então diremos que ele se caracteriza pelo poder de diminuir o patrimônio, mas, ao mesmo tempo, quando estamos adquirindo um bem, este também está "custando" um valor, o que também esta dentro da mesma idéia tradicional de custo, embora já vimos tratar-se de operações dispares.
Muito bem, como ficamos?
Conceitualmente, em sentido amplo, o custo é o valor de um bem patrimonial "em estoque", o que já descarta a hipótese de ele ter a haver algo com despesa, portanto, de uma forma simplista, podemos considerar o exemplo da compra da máquina fotográfica,