Custos Logisticos
"Houve a combinação de três fatores: aumento de custos, maior movimentação de carga no País e o Produto Interno Bruto (PIB) praticamente estagnado nesse período", diz Maria Fernanda Hijjar, diretora de Inteligência de Mercado do Ilos. Os resultados da pesquisa serão apresentados nesta quarta-feira, 9, no XIX Fórum Internacional de Supply Chain, promovido pelo instituto no Rio de Janeiro.
O transporte foi o que mais pesou no aumento, chegando a 7,1% (R$ 312,4 bilhões) da composição do custo logístico em proporção ao PIB. É a maior porcentagem desde 2004, quando representava 7,5%. O custo com transporte é composto por itens como o preço do diesel, pedágio e seguro. Na conta dos custos logísticos totais do País entram também gastos com estoque (3,2%), armazenagem (0,8%) e administrativos (0,4%).
A preponderância do modal rodoviário na matriz brasileira teve um peso grande na reversão da tendência de redução dos custos logísticos. A fatia das cargas transportadas por rodovias cresceu 1,8 ponto porcentual em dois anos, passando de 65,6% (2010) para 67,4% (2012). O volume movimentado pelas estradas neste período subiu 14% e somou 1,064 trilhão de toneladas transportadas vezes quilômetro útil (TKU). O reflexo disso no custo total do País com logística é agravado pelo elevado frete rodoviário, explica Maria Fernanda.
"É um ponto de atenção. Embora o Brasil venha discutindo a diversificação de modais, isso ainda não está acontecendo. O transporte rodoviário continua absorvendo uma parte muito maior do aumento do volume de carga transportada anualmente", diz a diretora do Ilos. Outros 18,2% passam por ferrovias, 11,4% pelo modal aquaviário e 3% dutoviário.
O frete