Curso
Resumo Do Filme Tempos Modernos De Charles Chaplin
TEMPOS MODERNOS
Um filme como "Tempos Modernos", de Charles Chaplin ( que por si só já pode ser considerado um clássico pois conseguiu ao longo de toda a sua produção realçar a linguagem, a estética, o formato e o conteúdo das produções cinematográficas, sendo considerado por muitos como um dos maiores, senão o principal, entre todos os cineastas do século XX) se ajusta como uma luva no conceito de clássico.
Há várias seqüências que são geniais desde o princípio do filme. Entretanto, as que ocorrem dentro das fábricas constituem-se em trechos antológicos, que se não estão, deveriam ser colocados entre os mais importantes e significativos da história do cinema mundial, como por exemplo, o trecho em que é engolido pelas engrenagens das máquinas da empresa onde trabalha como operário ou, numa etapa posterior da história, quando um mecânico com o qual trabalha Chaplin fica preso no meio do maquinário.
Há uma simbologia específica que permeia tais momentos do filme, como no caso da primeira seqüência descrita, representativa no sentido de apresentar a crítica chapliniana em relação a modernidade, a forma como estamos lidando com o avanço da tecnologia, o modo como estamos sendo integrados as engrenagens dentro de um sistema, como se fossemos também molas que complementam e articulam o movimento das máquinas e de todo processo produtivo.
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Na parte em que o mecânico fica retido entre rolos, parafusos e demais mecanismos que movimentam a fábrica, a ironia se dá por conta das atitudes de Chaplin no momento em que é acionado o apito que sinaliza a hora do almoço, mesmo diante da situação de dificuldade vivida por seu imediato superior, o operário vivido por Chaplin deixa de tentar auxiliá-lo em sua tentativa de sair da enrascada em que se encontra, pega sua marmita e começa a comer. As reclamações do mecânico-chefe são encaradas pelo operário como sendo