Currículo, intertransculturalidade e sensibilidade docente
O presente trabalho dialoga a respeito da importância de revisão aos atuais currículos que se encontram em funcionamento e sensibiliza o olhar dos educadores à práticas mais intertransculturais.
Palavras-chaves: currículo; intertransculturalidade; trabalho docente
É importante, antes de mais nada, definir o que não é currículo, para identificar de imediato os pontos de mudanças de tais elaborações. O currículo não é a relação e distribuição das disciplinas com suas cargas horárias, e também não é o número de hora-aula e dos dias letivos. Essas colocações são o que a maioria das escolas entende como currículo, uma grade escolar.
O pensamento limitado sobre currículo, leva a produção de um plano padronizado, um manual de instruções para o bom funcionamento da escola, com regras e normas a serem seguidos, e não é bem assim.
Afirma-se que “currículo são todas as experiências e atividades realizadas e vividas pelos estudantes sob a orientação da escola, tendo em vista os objetivos por esta visados” (REEDER, 1974, p 603).
O verdadeiro currículo é conceituado como referência a todas as situações que o aluno vive dentro e fora da escola, transformando tais acontecimentos em conhecimento significativo para toda vida do aluno. O trabalho com as distinções e semelhanças culturais de cada um nestas experiências em todos os meios sociais, sendo dentro ou fora da escola, inclusive experiências vividas por terceiros, entende-se como a intertransculturalidade.
É o currículo intertranscultural que mobilizará a escola para discussões e diálogos no processo educacional. Porém, alcançar este currículo de aparência utópica, requer um trabalho conjunto entre gestão e corpo docente, afinal, é ele que norteará o trabalho em sala de aula. Diz Arroyo (2008, p. 18):
"O currículo, os conteúdos, seu ordenamento e sequenciação, suas hierarquias e cargas horárias são o núcleo fundante e estruturante do cotidiano das escolas, dos tempos e espaços, das relações entre educadores