Currículo, Conhecimento e Cultura
Seus direitos e o currículo(Miguel G. Arroyo)
A reflexão sobre o currículo está instalada nas escolas. Durante as últimas décadas, o currículo tem sido tema central nos debates da academia, da teoria pedagógica, da formação docente e pedagógica. Como está chegando o debate aos profissionais da educação básica?
Haverá um clima propício nas escolas ao repensar os currículos?
Para o autor a resposta é sim, e nesse texto buscou-se focar as indagações que partem dos sujeitos da ação educativa, dos profissionais, educadores-docentes e dos educandos. Mudanças profissionais vem ocorrendo na educação, a identidade profissional vem sendo redefinida, o que os leva a ter uma postura crítica sobre sua prática e sobre as concepções que orientam suas escolhas.
Arroyo nos convida a refletir diante dessa postura: Pensemos em alguns núcleos de indagação que podem ser objeto de dias de estudo.
O currículo, seu ordenamento, suas hierarquias, a segmentação dos conhecimentos em disciplinas, cargas horárias não condicionam o nosso trabalho? Os esforços por formas de trabalho docente mais humano não estão condicionados pelo ordenamento dos currículos? Que mudar nesse ordenamento? Percebemos que a organização curricular afeta a organização de nosso trabalho e do trabalho dos educandos. O currículo, os conteúdos, seu ordenamento e sequenciação, suas hierarquias e cargas horárias são núcleo fundante e estruturante do cotidiano das escolas, dos tempos e espaços, das relações entre educadores e educandos, da, diversificação que se estabelece entre os professores.
A organização de nosso trabalho é condicionada pela organização escolar, que por sua vez, é inseparável da organização curricular.
Indaga-se: Como a organização curricular condiciona a organização da escola e por conseqüência do