Curriculum
A afirmação feita por sociólogos de que todo saber é produzido socialmente para propósitos particulares em contextos particulares é, hoje, relativamente controversa. Contudo, será que isso quer dizer que o que é considerado saber na sociedade oue o que é escolhido para ser incluído no currículo num determinado momento nada é mais que aquilo que aqueles que estão em posições de poder decidem ser o saber? (YOUNG,2000-p13)
Há muito a questão do currículo vem sendo reformulada e discutida na sociedade. No Brasil, essa reformulação e discursão vêm acontecendo desde os tempos dos jesuítas até o surgimento da última LDB na constituição de 1988.
A construção do currículo escolar também teve diversas influências em seu campo, no qual abrange entendimento das relações de poder, contextualização política, econômica e social na compreensão de currículo.
A partir dos anos 90 o que caracteriza o campo do currículo brasileiro é o hibridismo. Tendência que é expressa pela associação de princípios das teorias críticas, com base neomarxista e/ou fenomenológica e interacionista, a princípios de teorias pós-críticas, vinculadas aos discursos pós-moderno, pós-estrutural e pós-colonialistas.
Dessa forma vale lembrar que os estudos sobre o currículo sempre se caracterizaram pelo interesse político, que, atualmente, se articula à economia e à cultura, exigindo uma nova leitura desta última, na medida em que, refuncionalizada como mercadoria, rearticula a dimensão política do currículo.
Uma argumentação que procure rastrear alguns dos discursos acerca da relação conhecimento, poder e cultura no âmbito do campo do currículo, retorna-se a ideia de "escola sob suspeita". Ambiente onde circulam discursos sobre conhecimento, poder e cultura, termos entrecruzados que rementem um ao outro.
Ocorre também uma constante incorporação de novos discursos que