Todo processo vivido na escola faz parte do currículo que é a base para o planejamento da prática pedagógica, dos professores, como também o compromisso para com os alunos, por isso, torna-se necessário investigar e refletir sobre questões de natureza teórica que norteiam a construção de um determinado currículo escolar. No currículo está tudo de importante que será colocado em prática na educação, sendo assim um instrumento útil para orientar a prática pedagógica. Mas para que se atinja o objetivo devem-se levar em conta as condições reais nas quais o projeto vai ser realizado. Vimos o exemplo da professora Erin Gruwell, no filme “Escritores da Liberdade”, que desenvolveu seu papel muito bem no meio em que atua, mesmo tendo seus sonhos de educação inicialmente frustrados com um choque de realidade pois, o magistério não era como havia imaginado, sua turma era complexa e difícil, heterogênea, formada por gangues e alunos de etnias diversas, em constante conflito e envolvimentos em brigas violentas. Assim, um currículo expressa um projeto de homem e de sociedade, podendo promover a inclusão ou a exclusão, dependendo da forma como é desenvolvido. O autor Antonio Flávio Barbosa Moreira diz em entrevista que: “... visão de currículo é suficientemente abrangente para incluir conhecimento escolar, as experiências, a necessidade de planejamento e de organização por parte da escola e, ao mesmo tempo, a importância na formação das identidades... Ele também pode contribuir por suas ações, pelos seus efeitos nos estudantes, para efetuar mudanças nessa sociedade. Portanto, é uma via de mão dupla.” Partindo das características dos alunos, de sua realidade de vida, a professora procura fazê-los se interessar pela sua matéria, inglês e literatura. E elabora um projeto para que seus alunos, com todas as suas dificuldades, lessem “O Diário de Anne Frank”. Propôs que, após a leitura, eles fizessem o seu próprio diário, contando o que quisessem sobre suas vidas, seus