CUMARINAS
Pode ser encontrada em diversas plantas, ocorrendo em diferentes espécies e famílias botânicas, e, excepcionalmente, em bactérias e fungos (Celeghini, 1997). Ela também está presente no mel, em concentrações de ng/mL, onde é um dos constituintes responsáveis pelo seu aroma (Zhou et al., 2002).
Possui odor forte e característico de baunilha. É utilizada como fixador de perfumes, aditivo em tintas e spray, aromatizantes de alimentos, produtos de limpeza, além de possuir propriedades antibióticas, broncodilatadora, fungicida, anticoagulante, analgésica e também ser utilizada em tratamentos contra o câncer.
Esses metabólitos estão presentes em diferentes partes das plantas tanto nas raízes como nas flores e frutos e podem estar distribuídas em diferentes famílias de Angiospermae como Apiaceae, Rutaceae, Asteraceae nas quais são encontradas com ampla ocorrência. Também estão presentes em Fabaceae, Oleaceae, Moraceae e Thymeleaceae, entre outras, onde suas ocorrências são menores. Dentre os táxons que biossintetizam cumarinas contam espécies de hábitos bastante diversificados, como árvores, arbustos e ervas.
As cumarinas foram isoladas a primeira vez em 1820 por Vogel, membro da Royal Academy of Science em Munique. Vogel associou o odor doce e agradável das sementes do cumaru, com o cheiro das flores do trevo (Melilotus officinalis), e conseguiu-se isolar, em ambos, a cumarina, em forma de cristais brancos, idênticos, mas em muito menor quantidade nas flores do trevo (Leite et al., 1992).
Atualmente, mais de 800 cumarinas já foram identificadas, isoladas e caracterizadas, distribuídas por várias espécies e famílias de plantas (Pereira et al., 1992 apud Celeghini, 1997).
As cumarinas são uma série de compostos que possuem em comum um anel aromático fundido em um anel de