culturas
Pré-colombiano, termo utilizado para referir-se ao período histórico compreendido entre os primeiros vestígios da presença humana na América e o descobrimento europeu. Abrange, portanto, do povoamento inicial, há cerca de vinte mil anos, até a chegada de Cristóvão Colombo, em 1492. Todos os países americanos atuais têm uma etapa de sua história com essa denominação, que corresponde ao desenvolvimento das culturas indígenas autóctones. É o período mais longo e o menos conhecido. A maior parte da informação que possuímos sobre ele se deve a três fontes fundamentais: o registro arqueológico, a tradição oral indígena e os documentos histórico-antropológicos elaborados pelos cronistas espanhóis dos séculos XVI e XVII. Como todos os termos históricos, pré-colombiano não tem o mesmo sentido em todos os lugares da América. Países como México e Peru possuem uma importantíssima tradição pré-colombiana, representada pelas culturas maia, asteca ou inca, que têm um grande peso em sua história contemporânea, além de constituir signos insubstituíveis de sua própria identidade. Em outros casos, Argentina, Estados Unidos ou Canadá, o desaparecimento da população indígena e o enorme fluxo migratório europeu do século XIX fez com que sua história pré-colombiana passasse para um segundo lugar.
Em algumas ocasiões, o termo pré-hispânico é utilizado como sinônimo, embora em sentido estrito a palavra pré-colombiana afetaria a todo o continente, enquanto pré-hispânico diria respeito àquelas regiões que foram colonizadas pelos espanhóis.
O significado do termo não está claramente delimitado, já que é usado também para referir-se aos povos cuja história foi afetada pela expansão européia muito depois de 1492. É o caso dos nootkas do Canadá, que entraram em contato com a cultura ocidental na segunda metade do século XVIII, ou de boa parte dos índios amazônicos, que o fizeram no presente século. Ainda assim, é o vocábulo mais aceito na atualidade e é